PREGAÇÃO: "É preciso deixar-se lapidar"
Inaldo Alexandre, fundador e moderador geral da
Comunidade Doce Mãe de Deus

            A segunda pregação é feita também por Inaldo Alexandre. Ele começa dizendo: Nunca caminhe para direita, nunca para a esquerda, sempre para frente, para seguir Jesus não é fácil. Escolha o caminho dos Santos.

            É preciso deixar-se lapidar, como pedras que são lapidadas e por fim ficam belíssimas. Olhando para nós, às vezes, nós somos muito grossos (feito uma pata de mula). Até chegar à delicadeza, é preciso se chocar. 

            A pedra bruta precisa ser lapidada, e ela está dentro de você. Para seguir o Senhor, devemos começar a tirar de dentro de nós todas as dificuldades. Não adianta seguir e enfrentar grandes desafios se não acontecerem grandes dores.

            Para ganhar o irmão é preciso ganhar em nós o Cristo, o seu jeito de falar e a sua semelhança.

            Quando Jesus diz: “Quanto a Ti...” O próprio Senhor diz, “eu quero trabalhar em você”.

            Abracei dentro de mim o serviço. Por Cristo em mim, eu também devo sofrer. Pois “Quanto a Ti”, o outro vai querer seguir também, o outro vai querer também.

            Muitos dos nossos problemas, a maioria deles, nós os temos porque ainda não os enfrentamos na fé. Que nenhum sofrimento te tire da vida de oração. Nós temos na vida dos Santos, testemunhas fortíssimas. E existem sofrimentos que parecem que nos matam.

            Em muitos sofrimentos, eu tremia de medo, mas na Missão sempre de pé. Pois nada pode nos tirar da oração, nada.

            Por que os Santos morreram? Por que foram martirizados? É como estar na linha do trem. Nós pecadores se estivéssemos numa linha de trem, quando o trem vem, nós saímos. Os Santos não, ficam.

            Quem assume o evangelho de Cristo, assumirá também todos os sofrimentos do próprio Cristo.

            Já pensou se Cristo dissesse a Pedro todos os sofrimentos que ele iria passar? Se tivesse dito a Tiago como ele iria morrer?

            Como buscaremos tanta força para viver tudo? O amor. Como uma Mãe que cuida dia e noite de seus filhos.

            Cristo diz: “Quanto a Ti eu quero dar seguimento no que eu quis para tua vida”. É preciso sustentar o combate, é preciso provar a nossa fé.

            Diante de todo sofrimento, é preciso entender que é para Santidade. Nós já vimos muitos milagres acontecerem. Hoje, o Senhor quer dar continuidade na tua vida.

            Numa certa vez estava num voo de São Paulo a Maringá. Quando saiu o voo, nos primeiros cinco minutos, sentimos um cheiro de queimado. Depois de vinte minutos, tinha um filete de fumaça. Eu disse: - Nossa Senhora, eu estou indo pregar num cenáculo de Maria, e vamos combinar uma coisa, só tem eu pra pregar neste cenáculo. Na volta, o voo pode cair. Preguei o encontro e, na volta, quando entrei no bendito do avião, eu disse: - Oh Nossa Senhora, não leve em consideração aquela oração não. E Nossa Senhora segurou o bendito.       

            Mesmo com medo eu digo: eu vou. Não quero estar fora dos sofrimentos vindos da vontade de Deus na minha vida. Com uma única vontade: Alcançar a Santidade. Abraçar esse seguimento é abraçar o Cristo ressuscitado, mas também o Cristo que sofre o Cristo crucificado. O meu caminho é caminho de Santo, pois eu aceitei o chamado: “Quanto a Ti segue-me Tu”. Devemos sair daqui dando cambalhotas de alegria, porque foi o Senhor quem chamou. O ruim é ser esquecido. E vamos adiante! Não podemos perder essa graça santificante.

            Deus tem um jeito muito carinhoso para cuidar de cada um de nós, mas de uma maneira muito especial Ele nos chama.

            Eu quero travar o bom combate que vi muitos Santos travar, porque ouvi o chamado “Segue-me Tu”. Isso é uma escolha pessoal, o Senhor olhou para você, e você é o sinal da benevolência divina na sua casa.

            Se este chamado é pra me fazer Santo, aqui estou. Que seja com a vida e, com ela, responda: “Eu estou aqui”.

            A pregação foi encerrada com momento de oração, motivada pela certeza do amor a Cristo, pela certeza profética de Deus está conosco.