domingo

TESTEMUNHO Pe. Márcio Fabiani



 TESTEMUNHO
Pe. Márcio Fabiani Nobre e Silva
Sacerdote diocesano consagrado neste Comunidade





Quando recebi o chamado ao sacerdócio, eu pensei: “o sacerdócio é um mar, mas eu não sei nadar. E agora?”

Quem me conheceu antes da Comunidade Doce Mãe de Deus, conheceu um padre que não era muito irmão. A vida de padre diocesano é solidão.

Ao ter completado dez anos de paróquia, estava em crise. Só havia duas soluções: sair do mar ou conseguir um barco. Sair era mais fácil, mas eu precisava ficar. E Foi através de Nenzinha que eu conheci a Comunidade Doce Mãe de Deus.

“O sacerdócio é meu mar. A Comunidade Doce Mãe de Deus é meu barco. Ela me fez caminhar, ter irmãos, e um irmão apoia outro irmão. Quem não permitiu que eu me afogasse nesse mar, foram os irmãos, foi a calmaria da Doce que me fez permanecer no mar.”

Ao voltar de Roma, eu vim para a paróquia no bairro do Poço. Fui sempre muito egoísta na minha vida paroquial. Nessa época, houve um encontro com Inaldo, Marliane (fundador e cofundadora desta Comunidade) e irmãos de João Pessoa. Fizeram-me mudar de vida, a retornar à vida e à vocação, a redescobrir o ser família, o ser Doce mãe de Deus.

Em 2007 foi fundada a casa de missão Doce Mãe de Deus em Maceió. Tive essa graça e outra maior: a de ter sido estabelecida em minha nova paróquia, Menino Jesus de Praga. Posso dizer que no limite da minha vida, Deus enviou seu filho através da Comunidade Doce Mãe de Deus. E hoje, na plenitude do meu tempo, chegou a hora de eu dar Jesus Cristo.

Fui enviado da paróquia Menino Jesus de Praga para a paróquia Nossa Senhora das Dores. É grande a alegria ver os jovens, filhos de nossa Senhora das Dores, participando dos encontros da Doce Mãe de Deus.

Hoje, é impossível navegar e ir à outra paróquia, caso seja enviado, sem a barca Doce Mãe de Deus. Para onde eu for irei com a barca Doce Mãe de Deus. Se eu não for na barca daqueles que são meus irmãos, eu me afogo. É questão de identidade! Quando se diz sim é como tirar uma nova identidade. Muitas vezes é preciso começar a se afogar para perceber que sem ela não dá.

A vida de comunidade é quem nos resgata, quem nos sustenta. A gente não deixa de enfrentar tempestade. O vento impetuoso atrapalha, mas a gente tem a barca. Muitas vezes, mesmo distante pelos trabalhos, a Doce Mãe de Deus é a minha segurança, minha barca na vida sacerdotal. O sacerdócio é a minha vida, não sei fazer outra coisa além de ser padre. O pescador pesca no mar, mas ele não pesca sem a sua barca. É assim hoje que eu sinto a Doce Mãe de Deus na minha vida. Repito: o sacerdócio é o meu mar, mas a Doce mãe de Deus é minha barca.

2 comentários:

  1. Nessa barca eu quero entrar, pois tenho a certeza que jamais vou afundar. Deus o abençoe.

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  2. Nessa barca eu quero entrar, pois tenho a certeza que jamais vou afundar. Deus o abençoe.

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