sábado

Fé e Conversão
Pregação Monsenhor José André, consagrado de vida
16 de Fevereiro de 2015
 “Quando estamos sob a luz de Cristo, conseguimos enxergar que 
o próprio Deus nos conduz e n’Ele a transformação acontece” 
(Mons. José André)

Começo a palestra com a frase de hoje do Caderno de Oração Meu Encontro, uma frase para nos inspirar neste dia. Diz assim: “Abracei a vontade divina e não quero mais deixar. Quero viver como testemunha de um chamado a santidade”. Esta frase diz tudo do processo de conversão, partilho um pouco da minha experiência de fé e de uma vida que está em processo de conversão, até porque convertido mesmo, só no céu. Então tenha paciência consigo mesmo e com o outro.

Certa vez um padre foi se encontrar com uns alunos de uma escola, em Serra da Raiz - PB, que estavam fazendo uma experiência com o pé de feijão. E então uma criança chegou meio envergonhada e disse: “Padre meu pé de feijão está pequeno, mas eu já sei o que fazer para ele crescer”, então ele pegou o olho do pezinho de feijão, puxou e a planta não estava mais enraizada na terra. A pressa matou o pezinho de feijão. Quando a gente tem pressa de ser alguém que a gente não é, morremos. Precisamos ter paciência, mas não nos acomodar. A cada encontro que fazemos com Deus, algo em nós vai se desenvolvendo e pouco a pouco Cristo vai mudando as nossas ações, vocabulário e pensamentos.

No livro de Atos dos Apóstolos (Atos 9,1-9) Saulo, Fariseu estava perseguindo os cristãos, diante da luz ele caiu no chão. Desta luz ele escuta uma voz que pergunta “Saulo, Saulo porque me persegues?” e mais adiante a voz diz: “Eu sou Jesus a quem tu persegues”. Então Saulo vem com uma pergunta de fé: “Que queres que eu faça?”. Ter fé é se lançar nas mãos de Deus, é confiar em Deus. A fé de Saulo o levou a perguntar “Que queres que eu faça?”, e perguntando, o próprio Deus o respondeu através da cegueira temporária. A cegueira de Saulo o fez enxergar o que Deus queria dele, então, Saulo deixou de perseguir os cristãos e se converteu dentro do que era vontade de Deus para a vida dele e da Igreja. Ter fé é ter a coragem de assim como Saulo, perguntar ao Senhor “O que queres que eu faça?”, esta pergunta que Saulo fez o levou a uma verdadeira conversão. Aquela luz, que era o ressuscitado, o cegou e o fez olhar para a igreja com um olhar convertido, olhando aqueles que ele perseguia com olhar de irmão. O olhar de Saulo passou a ser diferente, era um olhar de quem teve um encontro pessoal com o próprio Deus, e através desse encontro se converteu. Fé é ter uma alma rendida a Deus “Fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê” (Hebreus 11,1).

A conversão parte da fé, ela impulsiona o homem a voltar para Deus, voltar para o caminho inicial. Converter o coração é voltar-se para o criador, porque todos nós saímos de Deus, e quanto mais longe ficarmos mais difícil é esta volta. A experiência com Deus motiva o homem à mudança de vida. A história de Santa Mônica que passou 30 anos rezando pela conversão de Santo Agostinho é um grande exemplo, mesmo tarde, depois de tantos anos, ele renunciou ao pecado e buscou livremente o caminho da santidade. A liberdade é manifestada na ação verdadeira do homem diante da vontade de Deus, para isso, é preciso estar na luz, porque na escuridão não conseguimos ver nada. Quando estamos sob a luz de Cristo, conseguimos enxergar que o próprio Deus nos conduz e n’Ele a transformação acontece, nos arrependemos, e somos impulsionados a buscar uma vida nova, e então voltar para Deus. Que você possa caminhar no caminho de luz, no caminho da fé, que nos move a perseverar e a estar sempre dentro da vontade de Deus.
Da redação, CDMD Missão Maceió

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