quinta-feira

A cruz é para nós como o Sol
Pregação, Inaldo Alexandre

 “Ó Deus, como são insondáveis para mim vossos desígnios! E quão imenso é o número deles! Como contá-los? São mais numerosos que a areia do mar; se pudesse chegar ao fim, seria ainda com vossa ajuda”. (Sl 138, 17-18).

"Todos nós temos uma missão na vida, uma missão que tem no centro a Cruz. Jesus diz: 'Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará' (Lc 9,23-24). É um caminho que só faz aquele que é capaz de inclinar a sua vontade em Deus. Não existe volta. Quem o busca encontra o sentido de sua vida.
É preciso prontidão, como uma mãe que sempre está disponível, de braços abertos para auxiliar os primeiros passos de um filho quando começa a andar. Uma mãe jamais largará o seu filho, ela sempre estará pronta para atender o seu chamado.

O chamado que Deus fez a Abraão exigiu muito mais que a prontidão de uma mãe. Deus precisava chegar ao seu coração para que ele entendesse qual era o sentido do “tudo”, o que seria necessária ser ofertado. Ele precisou viver o seu calvário pessoal para compreender o que era preciso vencer, passar pela morte e chegar à ressurreição.

Quando o sacrifício chega ao ponto agradável a Deus, ouviremos a voz do anjo do Senhor, como ouviu Abraão: 'Abraão, Abraão! (...) Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho.' (Cf. Gn 22,12-13). É o momento em que a nossa humanidade é iluminada pela Cruz, que não nos deixa caminhar em meio às trevas. Para nós ela é como o Sol.
A Cruz passa por nossa história, marcando a nossa vida. Com ela chegaremos ao calvário e penetraremos no ponto máximo da oferta agradável a Deus. Só seremos vitoriosos se fizermos uma boa oferta.

Deus nos pede a santificação. Se amarmos com seu Amor, não o trairemos e seremos fiéis ao seu chamado. Os amantes da Cruz de Cristo são sempre realizados, pois encontram o verdadeiro sentido de suas vidas. “Tentei fazer de tudo para ficar longe do Teu altar, mas o Teu olhar me encontrou. Hoje, eu compreendo que sou amado e uma grande obra do Teu amor”.
Da Redação, texto extraído da pregação de Inaldo Alexandre

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